quarta-feira, 23 de julho de 2014

Grandes Diretores ao Longo da História e Minhas Impressões Sobre Eles - Georges Méliès






Georges Méliès (1861-1938) foi um cineasta e ilusionista francês, considerado um dos artistas mais inventivos do cinema mundial. Quando os irmãos Lumière criaram as primeiras manifestações de cinema da história, os "filmes" eram apenas gravações de pequenos eventos do cotidiano, com duração de poucos minutos ou nem isso. O primeiro de que se tem notícia é um trem chegando a estação. 



Pode parecer estranho, mas imagine só o impacto que isso causou a primeira vista. Ao longo do tempo, isso se tornou natural e algo comum. Não é estranho como a rotina faz com que as coisas mais fantásticas passem despercebidas? Quando penso nisso, lembro do filme "Contos de Nova York", que possui três contos dirigidos por Martin Scorsese, Francis Ford Coppola e Woody Allen. No conto de Woody Allen(engraçadíssimo como sempre) sua mãe desaparece num show de mágica e reaparece no céu, como uma enorme cabeça. No começo, toda a cidade se espanta enormemente, mas ao longo dos dias a vida dos cidadãos transcorre normalmente...

O que será que existe de fantástico e maravilhoso escondido pelo comum, pela rotina? É verdade, claro, que pensando na relatividade de Einstein, tudo depende do nosso ponto de referência. E isso leva a outros devaneios sobre o universo e sua natureza cheia de mistérios e dimensões diferentes, que estão muito além do que nossa percepção e razão podem entender. Mas isso é assunto para Tarkovsky e Kubrick...kkkk.

Enfim, voltando a faca fria, o cinema era uma atração secundária, passada em conjunto, em circos e outros tipos de shows. Georges Méliès, pode-se dizer, foi o primeiro a utilizar o cinema como uma verdadeira fábrica de sonhos. Contando histórias baseadas nos livros de Júlio Verne, dando asas a imaginação, encantado como ninguém tinha encantado antes, como no filme "Viagem a Lua".



Devido a sua grande importância para os amantes do cinema, Georges Méliès foi homenageado pelo grande Martin Scorsese no filme "A Invenção de Hugo Cabret".


É interessante observar que Georges Melies chegou a construir um autômato realmente incrível, com movimentos milimetricamente calculados, que o torna de uma beleza sem igual. Descartes, muitos anos antes construiu um autômato em forma de leão. Descartes estudou a fundo o funcionamento do corpo em sua investigação filosófica. Reforçou a dicotomia entre corpo e alma, que havia sido vista em Platão. É perturbador pensar no corpo e na mente como um conjunto de estímulos respostas criado tão sofisticadamente. Será que isso reduziria nossa essência?









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